segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Apenas um poema...

Sem remédio

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

(Florbela Espanca)


Este foi um poema que li á pouco, num livro que encontrei por acaso.
Um poema que me transportou para o mais infímo dos meus sentimentos...
Sinto-me assim...
Sei que passará.... Pelo menos tornar-se-á mais assumido e, consequentemente, de "melhor convivência"....
Obrigado aos amigos que se mantém a meu lado...
Agradeço também o comentário que recebi no post anterior. Sinto que fui compreendida no que escrevi. Isso deixou-me contente, estou farta que me julguem e me digam "vai passar"...O amor não passa nunca....Queria agradecer mais personalizadamente mas o comentário não ficou assinado, com muita pena minha. Quem quer que tenha sido, obrigada! Por tudo....

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