Directamente de timor leste

Olá a tod@s.
Pois é, finalmente estou em Timor, mais precisamente em Laclubar.
Estou feliz, serena, confiante e cada vez mais certa do caminho que Deus me indica.
Este país entra-nos pelos olhos mas toca-nos o coração.
Laclubar é assim uma aldeia linda, linda… Simples, sossegada, pacata. Onde todos se cumprimentam. Onde todos nos perguntam onde vamos, ainda que não o queiram mesmo saber. Ecoam “bons dias” pelas ruas, ecoam gargalhadas espalhadas no ar. Crianças que brincam. Crianças que se sentem felizes por tirar uma fotografia. Não são crianças comuns amig@s, são crianças que se contentam com o simples, que dão valores ás pequenas coisas da vida, que não nos pedem brinquedos caros, que não nos pedem roupas de marca… Apenas nos pedem para tirar uma fotografia, para parar ali cinco minutos com elas, a brincar, a “bater foto”, a mostrar a foto no ecrã da máquina… São crianças que nos ensinam a ser pessoas… Estou, como podem comprovar, encantada com esta aldeia!
Já me senti impressionada com o sofrimento e fé de alguns, já chorei a rir em momentos muito bem passados, já me senti cansada e pensei que não conseguia mais andar… Já subi ao Maubere para telefonar, já me senti livre no vento, já caminhei outra hora e meia para dizer “olá” á família, já andei numa Anguna … Já lavei roupa no rio…
Aqui a luz é só entre as 18h e as 24h, o banho toma-se de gaio, não há chuveiros, e neste momento nem água a sair das torneiras, tem de se ir buscar a água ao rio. Não há internet. Não há rede de telefone. A única utilidade do telemóvel é a de despertador e, imaginem só, guardo-o dentro da lata das canetas que a Flor me ofereceu. Não há correios (só em Dili). Não há discotecas, bares, nem centros comerciais. Há um mercado ao domingo e outro á quinta. Há quiosques espalhados pelos cantos onde se vende de tudo um pouco. Aqui não há muitas das coisas supérfluas que temos no nosso dia-a-dia. Não há aquelas coisas que julgamos serem essenciais. Mas aqui percebo o que é essencial, percebo que essas coisas todas não passam de meros acessórios. Sem os quais, imaginem só, me encontro a viver bem. Aqui há uma coisa essencial: o AMOR.
Enfim… Estou cá há duas semanas mas já sinto que estou aqui há imenso tempo.
Por agora deixo-vos duas montagens para aguçar a curiosidade.
Continuamos unid@s na oração.
Um até já, com aquele abraço Hospitaleiro!